28/07/2013 - TERRENO DO PLAYCENTER
Instalado numa área de cerca de 80 mil metros quadrados, o Playcenter foi desativado em 2012
São Paulo - A Prefeitura de São Paulo autorizou a construção de um megaempreendimento comercial em parte do terreno onde funcionou, até julho de 2012, o Playcenter, na Barra Funda, zona oeste. Um dos antigos estacionamentos do parque de diversões dará lugar a dois prédios de 27 andares, com 216 escritórios, e dois subsolos e mais três pavimentos superiores, com 1.638 vagas para carros.
O Shopping Bourbon, inaugurado em 2009 e inserido na mesma operação urbana, repassou R$ 6 milhões em contrapartidas. Para construir uma arena com capacidade para 45 mil espectadores, o Palmeiras teve de pagar à Prefeitura da capital paulista R$ 4,5 milhões. Chamado Brasília Square Offices - formado pelas empresas Escritório Brasília de Imóveis (EBI), Vivere Incorporações Imobiliárias, Alimonti Comercial e Construtora e Maurício Cukierkorn Construtora (MC Construtora) -, o empreendimento foi aprovado pela Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU) da Prefeitura paulistana no dia 4 por 15 votos favoráveis e um contrário. A decisão foi publicada no "Diário Oficial" do Município de sábado, 20.
O novo centro comercial ficará ao lado do Fórum Criminal da Barra Funda e da Fábrica dos Sonhos, onde funcionarão os galpões das escolas de samba a partir de 2014. Investidores do mercado imobiliário e técnicos do administração municipal avaliam que o eixo Lapa-Barra Funda da Avenida Marquês de São Vicente abrigará, em poucos anos, um centro financeiro semelhante ao da Avenida Faria Lima, na zona sul. Outros prédios residenciais e de escritórios estão em construção na região.
Instalado numa área de cerca de 80 mil metros quadrados, o Playcenter foi desativado em 2012. Na época, a empresa que controla a atração manifestou a vontade de usar parte do terreno para fazer um parque voltado a crianças. Outra área do terreno, com 18 mil m², deve receber o Colégio Renascença em 2015.
Revisão
O Poder Executivo municipal tenta, na Câmara Municipal, revisar a Lei da Operação Urbana Água Branca, de 1995, para criar novos estoques para empreendimentos imobiliários. Moradores dizem que o Executivo municipal não pode liberar novos prédios antes de gastar R$ 340 milhões arrecadados pela operação, que continuam em caixa. Eles pedem, por exemplo, a canalização dos Córregos Água Preta e Sumaré, que deve consumir R$ 160 milhões. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras aguarda licença ambiental para iniciar as obras.
Fonte: Diego Zanchetta e Tiago Dantas, do estadão
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